FERRUGEM ASIÁTICA NO MUNICÍPIO UBIRETAMA


O começo da safra de soja 2020/2021 no município de Ubiretama, a exemplo de outros municípios do RS foi tranquilo. O clima e os atrasos da semeadura não colaboraram para o avanço da ferrugem asiática precocemente na região.

Lembrando que passamos por um período de estiagem no início do plantio e depois as chuvas retornaram a região. Atualmente, as lavouras se encontram em diferentes estádios fenológicos, desde floração até enchimento de grãos.

Podemos ver a campo que a precipitações colaboraram muito na questão do crescimento vegetativo da soja e, tal condição, após o crescimento do dossel e das entrelinhas, pode vir a favorecer o aparecimento da doença.

Porém, o que podemos ver a campo, é uma baixa pressão da doença nas lavouras em geral. Nesse momento, o importante é o monitoramento da lavoura, dando atenção especial ao terço médio e inferior da planta, a fim de identificação de possíveis focos da doença.

Com a finalidade de auxiliar os produtores no manejo da Ferrugem Asiática da Soja (FAS) no Rio Grande do Sul, na safra agrícola 2019/20 a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, e a Emater/RS-Ascar em colaboração com laboratórios privados, instituições de ensino e pesquisa do Estado, iniciou um projeto piloto para o monitoramento de esporos de ferrugem asiática da soja nas regiões produtoras. Na safra agrícola 2020/21 esta ferramenta se aprimora com a inclusão de informações relativas às condições meteorológicas (precipitação pluvial, temperatura e molhamento foliar), dando início ao PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA NO RS – PROGRAMA MONITORA FERRUGEM RS.

OBJETIVO DO PROGRAMA: Desenvolver uma ferramenta de suporte ao manejo da ferrugem asiática da soja nas regiões produtoras no estado do Rio Grande do Sul.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Auxiliar na tomada de decisão do momento inicial da aplicação preventiva de fungicidas para o controle da FAS;

- Contribuir para a diminuição do uso de fungicidas, dano ambiental e custo econômico das lavouras de soja;

- Integrar as informações obtidas no monitoramento de esporos de Phakopsora pachyrhizi com o Sistema de Modelagem Numérica de Tempo e de Clima Regional (Simagro-RS), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural para o desenvolvimento de políticas para o setor agropecuário;

- Acompanhar o comportamento das variedades de soja plantadas no RS para identificação de eventuais “quebras” de resistência;

- Subsidiar a pesquisa agropecuária sobre o manejo da doença.

METODOLOGIA: O Programa Monitora Ferrugem RS tem como estratégia metodológica a detecção da presença de esporos associada às condições meteorológicas, para gerar mapas indicativos de predisposição da ocorrência da FAS e auxiliar técnicos e produtores, na tomada de decisão e adoção de medidas de manejo da doença.

Dentro do programa de monitoramento contamos com um ponto de coleta de esporos em uma lavoura no Município vizinho de Cerro Largo, onde semanalmente é realizado o monitoramento.

Os primeiros esporos da doença começaram a aparecer entre a semana do dia 11 a 18 de janeiro, ou seja, a partir desse período o inóculos da doença se faz presente naquele município e também no nosso por ser uma doença de fácil dispersão.

Na coleta da última semana já apareceram uredias abertas nas folhas, isso quer dizer que já passamos da fase de esporos, e que nesse momento a doença já está avançando e causando lesões nas folhas onde está instalada. Por isso fica o alerta para que os produtores sigam os calendários sanitários em suas lavouras e não deixem de usar fungicida.

Nos próximos dias estaremos trazendo mais informações e orientações aos produtores! Fiquem ligados!

 

COLABORAÇÃO:
MARCOS W. HOCHEGGER – Engenheiro Agrônomo da Secretaria Municipal de Agricultura e Expansão Econômica do município de Ubiretama/RS;

INÁCIO LEDUR – Técnico em Agropecuária da Emater/RS-ASCAR, Escritório Municipal de Ubiretama/RS.